25.2.09

No Japão, o veneno do baiacu ataca outra vez


Notícia importante pra quem gosta de peixe e de pescar.
É sempre bom saber...

" Quando o atum se torna muito entediante, há sempre o baiacu.E os japoneses, especialmente os afeitos a grandes aventuras gastronômicas, se lembram dele com frequência.

Considerado uma iguaria gourmet no Japão, ele só pode ser preparado por chefs autorizados.Não era o caso do proprietário e chef do restaurante Tsuruoka City.Ele não tinha licença para preparar o baiacu, ou fugu como os japoneses o chamam, e ainda assim serviu testículos grelhados e sashimi do peixe a sete comensais.

Pouco após as primeiras bocadas, os sete clientes começaram a passar mal e foram todos devidamente removidos ao hospital mais próximo - um deles com falência respirátoria está em estado crítico, outros dois em estado grave.

Extremamente venenoso, se preparado de forma incorreta, o baiacu causa paralisia, dificuldade de respiração e perda de consciência. A tetrodotoxina presente no baiacu é 100 vezes mais venenosa que cianureto de potássio - composto químico usado pelos soldados alemães para cometer suícidio, se capturados, durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 2007, no Japão, três pessoas morreram envenenadas por fugu e outras 44 foram parar no hospital. A maioria por pescar e preparar o baiacu em casa. "


É preciso fazer uma breve digressão histórica para entender o consumo de baiacu no Japão. Em 1889 o peixe foi oferecido ao então primeiro-ministro japonês (Hirobumi Ito) em forma de sashimi (fugusashi) que, impressionado com o seu sabor, liberou o seu consumo, mas com a condição de que somente cozinheiros licenciados pudessem fazê-lo.

O veneno se encontra no ovário, fígado, intestino e pele do peixe. Uma vez retiradas essas partes, o peixe é inofensivo, havendo mesmo a venda do peixe já limpo no mercado japonês.

Antes de ser uma insanidade comer esse peixe com os cuidados acerca de sua origem, é insano um sushiman não-licenciado fazê-lo, assim como um consumidor se alimentar da espécie nestas condições.

Fonte : Paladar

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